Pedro Teixeira, Patrono do 2° BIS
No ano de 1587, nascia em Catanhede, Portugal, a figura que futuramente seria conhecida na história militar do Brasil e do mundo - Pedro Teixeira. Nobre militar, desbravador e navegador português, pouco se conhece sobre seus primeiros anos de vida, mas seus notáveis feitos foram reconhecidos desde cedo.
Durante o século XVII, foi responsável pela expansão territorial do Brasil, obtendo muito mais da América do Sul do que o Tratado de Tordesilhas delimitara para a Coroa Portuguesa.
Em 1615, participou da campanha para expulsão dos franceses de São Luís do Maranhão, no litoral nordeste do Brasil.
Após a expulsão dos franceses, no final daquele ano, a Coroa Portuguesa determinou o envio de uma expedição à foz do rio Amazonas, com vistas a consolidar a sua posse sobre a região. Uma expedição de três embarcações, sob o comando de Francisco Caldeira Castelo Branco, foi enviada, nela seguindo o então alferes Pedro Teixeira. Em 12 de janeiro de 1616, as embarcações ancoraram na baía de Guajará onde, numa ponta de terra, foi fundado o Forte do Presépio, núcleo da atual cidade de Belém do Pará.
Em 25 de julho de 1637, chefiou uma expedição partindo de Belém, com 45 canoas, setenta soldados e mil e duzentos flecheiros e remadores indígenas subindo o curso do rio Amazonas até Quito, no Equador. Comandou, assim, a expedição que fez a primeira viagem de ida e volta no rio Amazonas, com duração de dois anos (1637-1639).
Como reconhecimento por sua extensa lista de serviços prestados na conquista da Amazônia brasileira, foi agraciado com o cargo de capitão-mor da Capitania do Grão-Pará, tomando posse em fevereiro de 1640. Faleceu em maio de 1641, na cidade de Belém.
O Capitão-Mor Pedro Teixeira representa o símbolo da luta pela preservação da soberania brasileira sobre a Amazônia, e suas vitórias alcançaram dimensões valorosas para o Brasil.
Por isso, o Exército Brasileiro lhe devota comovente lembrança, considerando-o definitivamente como o conquistador da Amazônia, pois rompeu o Tratado de Tordesilhas e avançou sobre este território até então desconhecido.
Em justa homenagem a este desbravador, um exemplo de determinação, pioneirismo, coragem e perseverança, o 2º Batalhão de Infantaria de Selva, Organização Militar pioneira da Infantaria de Selva na Amazônia, recebeu, por intermédio da Portaria Ministerial nº 10.037, de 5 de abril de 1979, a denominação histórica de “BATALHÃO PEDRO TEIXEIRA”.
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